sábado, 20 de novembro de 2010

Interpol @ Campo Pequeno

Boa noite, meus caros leitores. Hoje, no Música Dot Com, trago-vos a crítica do concerto dos Interpol, que ocorreu fez ontem uma semana, no Campo Pequeno. Foi um concerto que faz parte da parte europeia da digressão que a banda nova iorquina está a fazer para apresentar o seu mais recente álbum, “Interpol” (álbum que já foi alvo de review aqui no blog), o quarto longa-duração da banda. Como será que foi o concerto? Leiam o texto para descobrirem!

O concerto de abertura esteve a cargo dos Surfer Blood, mas infelizmente, não consegui chegar a tempo de poder assistir a banda de Indie Rock vinda da Florida (já tentaram arranjar lugar na zona do Campo Pequeno a uma sexta à noite? É quase impossível...), por isso, passemos já ao verdadeiro motivo pelo qual me desloquei até Lisboa no dia 12: os Interpol.

A actuação começou com um dos pesos pesados deste mais recente álbum deles, “Success”, canção que curiosamente também abre o álbum. A música, juntamente com o simples jogo de luzes e o fumo que envolvia o palco, conseguiu criar um clima que foi transversal a todo o concerto: um clima negro e carregado, típico da música dos Interpol. Quanto ao som, devo dizer que, apesar dos instrumentos se terem feito ouvir bastante bem, especialmente o baixo e a bateria (as peças centrais do som da banda), a verdade é que a voz estava com um som um pouco mais fraco, com as letras de Paul Banks a tornarem-se imperceptíveis em vários pontos do concerto. Enfim, coisas destas às vezes acontecem. No entanto, a banda esteve bastante boa no que toca à interpretação das músicas. Uma actuação irrepreensível nesse aspecto.

Pouco depois de “Success” veio “NARC”, primeiro momento alto da noite. O Campo Pequeno, quase cheio, recebeu com grande carinho os Interpol, e estes retribuíram com uma setlist feita à medida dos fãs. Viu-se que o intuito aqui não era tocar grande parte do álbum homónimo, mas sim uma visita à já vasta lista de canções da banda. Os fãs agradeceram com devoção. “Slow Hands”, “C’mere”, “Untitled” e “Barricade”(o single de estreia de “Interpol”) todas tocadas assim, de seguida, arrancaram coros uníssonos do público, que incansável vibrou com o que se passava em palco, por oposição à calma que os membros da banda mostravam (excepção feita ao guitarrista Daniel Kessler e às suas danças frenéticas, que não deixaram ninguém indiferente).

“Memory Serves” e “Not Even Jail” encerraram a primeira parte do concerto. Após uma curta espera, os Interpol voltariam ao palco para um encore com três verdadeiros clássicos: “Hands Away”, “Obstacle 1” e a música que fechou o concerto com chave de ouro, muito a pedido dos fãs, “Stella Was a Diver and She Was Always Down”, todas do aclamado álbum de estreia “Turn On the Bright Lights”. Essas três músicas,cantadas a plenos pulmões pelo público, puseram fim a uma noite que, apesar de ter sido curta, (o concerto durou cerca de hora e meia, duração standard de um concerto do género, apesar de eu ter estado à espera de mais) foi bastante proveitosa. Enfim, foi uma viagem ao mundo sombrio e cinzento dos Interpol, de onde nenhum verdadeiro fã terá saído desapontado.

Setlist do concerto:

  1. Success
  2. Say Hello To The Angels
  3. Narc
  4. Length of Love
  5. Summer Well
  6. Rest My Chemistry
  7. Slow Hands
  8. C'mere
  9. Untitled
  10. Barricade
  11. Take You On A Cruise
  12. Lights
  13. PDA
  14. Memory Serves
  15. Not Even Jail

Encore

  1. Hands Away
  2. Obstacle 1
  3. Stella Was A Diver And She Was Always Down

o Criador:

João Morais

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